Um grande júri dos EUA alargou as acusações contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse o Departamento de Justiça norte-americano em um comunicado à imprensa.
"A nova acusação não acrescenta incriminações adicionais ao anterior conjunto de 18 acusações apresentadas contra Assange em maio de 2019", disse o comunicado de quarta-feira (24), "no entanto, amplia a extensão da conspiração em torno das imputadas intrusões informáticas das quais Assange foi anteriormente acusado".
A declaração diz que o denunciante supostamente recebeu e publicou e-mails de uma violação de dados de uma empresa de consultoria de inteligência dos EUA, violação realizada por um hacker "anônimo" afiliado ao grupo de hackers LulzSec.
O hacker acusa Assange de lhe ter pedido indiretamente para enviar spam à empresa de consultoria, acrescenta o comunicado. Em 2012, Assange teria estado em contato com o líder do grupo LulzSec que estava cooperando com o Departamento Federal de Investigação (FBI) até então.
O Departamento de Justiça dos EUA acrescentou que o ciberativista australiano havia fornecido ao líder do grupo uma lista de alvos para o LulzSec hackear.
Assange teria dito ao líder do LulzSec que os melhores materiais seriam da Agência Central de Inteligência (CIA), da Agência de Segurança Nacional (NSA) ou do New York Times, de acordo com o comunicado.
Julian Assange, em julgamento no Reino Unido, enfrenta até 175 anos de prisão se for extraditado para os Estados Unidos.