Caso os voos de teste tenham êxito, a empresa poderá obter a autorização da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) para que as companhias aéreas do mundo todo possam voltar a operar o avião a partir de setembro, segundo a Reuters.
Os testes de certificação ocorrerão depois de centenas de horas de ensaios internos da Boeing a bordo dos simuladores de voo e do avião de teste.
O esforço para a certificação ocorre em um momento crucial para a Boeing, com a empresa retomando a produção do 737 MAX em sua fábrica de Renton, em Washington, no final do mês passado, em uma tentativa de evitar demissões.
Mesmo sendo os testes bem-sucedidos, a FAA deve analisar os dados por diversas semanas antes que o administrador do órgão, Steve Dickson, aprove pessoalmente a certificação.
Contudo, de acordo com a Reuters, o avião não será considerado pronto para voar pelo menos até setembro, devido a problemas detectados para além do sistema de estabilização MCAS.
Os voos dos Boeing 737 MAX foram suspensos em todo o mundo em março de 2019, após dois acidentes aéreos que causaram a morte de quase 400 pessoas.
Ambos os acidentes foram causados devido ao funcionamento incorreto do sistema MCAS. A imobilização de todas as aeronaves deste modelo levou à perda de US$ 19 bilhões (R$ 104 bilhões) em receitas até o momento, sendo estas perdas agravadas pela recente crise econômica.