O anúncio de Maduro foi feito após a União Europeia aplicar sanções contra 11 funcionários do governo venezuelano.
"Decidi conceder a embaixadora da União Européia 72 horas para deixar nosso país e exigir respeito da União Europeia. Basta!", disse Maduro durante a entrega de um prêmio nacional de jornalismo.
Portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa ocupa o cargo de embaixadora da União Europeia na Venezuela desde fevereiro de 2018. Antes, entre 2008 e 2011, exercia funções de cônsul-geral de Portugal em Caracas. Logo após a declaração de Maduro, o Ministério das Relações Exteriores de Portugal expressou a condenação da decisão do presidente venezuelano na sua página no Twitter.
A expulsão da embaixadora da UE pelo regime de Caracas merece firme repúdio. Está muito enganado quem pensa que é com gestos destes que se ultrapassa a grave crise venezuelana.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) June 30, 2020
Sanções contra oficiais venezuelanos
As sanções do bloco europeu atingem parlamentares, um magistrado e um chefe militar, informa a agência de notícias Reuters. O presidente da Assembleia Nacional, Luis Parra, é um dos atingidos pela medida.
Os sancionados "são particularmente responsáveis por agir contra o funcionamento democrático da Assembleia Nacional, incluindo a remoção da imunidade parlamentar de vários de seus membros [...] também incluindo o início de processos por razões políticas e a criação de obstáculos a uma solução política e democrática para a crise na Venezuela", afirmou a UE.
Com a medida, são 36 venezuelanos ligados a Maduro na lista de sanções da União Europeia. As consequências das sanções incluem o congelamento de ativos e a proibição de entrada no bloco europeu.