'Espaço deve ser o lar' para humanos, diz presidente de parlamento de 'nação espacial'

© Foto / Pixabay / _freakwave_Impressão artística de colónia espacial
Impressão artística de colónia espacial - Sputnik Brasil
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Segundo a visão de Igor Ashurbeyli, cientista e filantropo russo, a humanidade precisa preparar uma colônia extraterrestre, porque a vida na Terra pode acabar, mesmo sem envolvimento dos humanos.

A "nação espacial" de Asgardia foi fundada em 2016 pelo cientista, filantropo e bilionário russo Igor Ashurbeyli. Asgardia "procura assegurar o uso pacífico do espaço exterior, proteger a Terra de ameaças extraterrestres e criar uma base de conhecimento científico geralmente acessível no espaço", refere o portal da micronação.

O presidente do Parlamento de Asgardia, Lembit Opik, diz que a humanidade deve pôr mais seus olhos no espaço.

Opik, ex-deputado democrata liberal no Parlamento do Reino Unido, afirmou: "Mais cedo ou mais tarde, algo nos exterminará. Nunca alcançaremos nosso potencial como espécie se nunca vivermos além de nossa atmosfera. Para os seres humanos do futuro, o espaço deve ser o lar."

Podemos compensar as perdas infligidas pela COVID-19 e usar a crise como um novo começo? Lembit Opik, presidente do Parlamento de Asgardia, acredita que podemos de fato transformar os problemas em uma oportunidade, e a filosofia de unidade de Asgardia pode ajudar muito.

Ele disse: "Ou viajamos, protegemos e sobrevivemos, ou ficamos aqui na Terra, e esperamos pelo Armagedom. Para aqueles humanos que escolhem a vida, é uma boa ideia escolher Asgardia."

Asgardia é baseada na visão de seu fundador e chefe de Estado, Igor Ashurbeyli, nascido em Baku, Azerbaijão, que recebeu o Prêmio Estatal de Ciência e Tecnologia da Rússia por desenvolver uma "nova geração de sistemas de comunicação de microtecnologia".

Projeto 'de outro mundo'

Ashurbeyli criou o Parlamento de Asgardia, que consiste em 150 membros de todo o mundo, com Opik, nascido na Estônia, como presidente.

Opik explicou: "O objetivo de Asgardia é viver no espaço, ter famílias no espaço, e nunca resolver diferenças com violência ou guerra. Eu amo essa visão pacífica e estelar de nosso futuro. É um bom roteiro para nosso próximo grande salto da humanidade, e já estamos construindo os sistemas políticos, a sociedade e a infraestrutura técnica para que isso aconteça."

Os asgardianos planejam criar uma colônia espacial permanente até o ano 2043, conhecida como ano 0027 em seu calendário único.

© Foto / James Vaughan/AsgardiaImagem ilustrativa da 1ª "nação do espaço", Asgardia
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Imagem ilustrativa da 1ª "nação do espaço", Asgardia

"A Terra como um grande planeta não está condenada, mas nós estamos. É uma certeza estatística que, mais cedo ou mais tarde, algo ruim acontecerá aqui, que extinguirá muita vida na Terra", segundo Opik.

O presidente do parlamento da "nação espacial" ressaltou que se um asteroide de 10 quilômetros de diâmetro atingir a Terra, ele extinguiria grande parte da vida no planeta, da mesma forma que extinguiu os dinossauros.

Opik não mencionou um vírus global catastrófico, como o SARS-CoV-2, mas disse que existiam muitas outras ameaças, como uma poderosa explosão de raios gama que seria equivalente a colocar a Terra em um forno de micro-ondas.

"Por isso, precisamos de um 'Plano B'. Esse plano significa que devemos simplesmente expandir nossas localizações humanas para outras localidades habitáveis", explicou o ex-deputado.

"Para os asgardianos, o Universo é um lugar irresistivelmente atraente para ir, e nós mal começamos essa jornada", afirmou Lembit Opik.

Para Opik, é importante que se os terráqueos encontrarem outro planeta habitável, que não sejam colonizadas e oprimidas as formas de vida indígenas, como no filme "Avatar".

"O objetivo é a coexistência, não o imperialismo", advertiu Opik.

Competição pelo espaço

Os Estados Unidos derrotaram a União Soviética em pôr o primeiro homem na Lua em 1969, mas a exploração espacial parou desde então, com nenhum dos lados investindo em missões tripuladas de longa distância desde que as missões Apollo ao nosso satélite natural terminaram em 1972.

No ano passado, o presidente Donald Trump criou a Força Espacial dos EUA, havendo receios de que o espaço seja militarizado.

"Asgardia não se envolve na política terrestre. Este é um princípio fundamental em nosso sistema político. No entanto, podemos dizer que tratamos qualquer tentativa de militarização do espaço como antitética ao objetivo da missão de Asgardia", ressalta Opik.

Asgardia não tem exército, e Opik sublinhou: "Eu sinto que, se a humanidade decidir exportar suas guerras para o espaço, então os políticos não entenderam a questão, que no espaço o inimigo é o ambiente hostil, e não um ao outro. A única maneira de sobrevivermos lá em cima é trabalhando juntos."

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