A PEC aprovada pelo Senado adia o primeiro turno para 15 de novembro, e o segundo, para 29 de novembro.
O texto, votado em sessão remota, foi aprovado por 67 votos a 8 no primeiro turno e por 64 votos a 7 no segundo turno.
A PEC ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político Rodrigo Prando, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, disse que o adiamento das eleições neste momento interessa toda a sociedade brasileira.
"O maior interessado no adiamento das eleições é a própria sociedade brasileira, ela é a maior interessada porque nós estamos ainda em uma condição de pandemia em que nós não tivemos a estabilização, a gente tem novos casos de contaminação e mortes diariamente", disse.
Prando disse que um possível adiamento das eleições não irá trazer grandes prejuízos para o país.
"Essencialmente a saúde deve vir em primeiro lugar, é óbvio que a saúde da democracia é importante, mas os cidadãos têm de se resguardar e este momento de suspensão não trará grandes prejuízos", afirmou.
Ao falar sobre as mudanças enfrentadas pelas campanhas eleitorais durante um período de pandemia, o cientista político destaca que o brasileiro terá que se acostumar com campanhas sem contato físico e a presença corpo a corpo dos candidatos com os eleitores.
"Nesse momento esse aspecto emocional da campanha política, esse aspecto de contato tão comum à cultura política brasileira vai ficar prejudicado. Os candidatos terão que se preparar para uma campanha um tanto quanto mais distante e até de certa forma fria, mediada pela tecnologia, sem esse contato presencial com o eleitorado", destacou.
Pelo calendário eleitoral, o primeiro turno ainda está marcado para 4 de outubro, e o segundo, para 25 de outubro.