A alta é a maior registrada desde junho de 2018 (12,9%), mas veio depois de duas fortes quedas consecutivas em março (-9,2%) e em abril (-18,8%), informou o estudo do IBGE, publicado nesta quinta-feira (2).
No entanto, comparando com o mês de maio do ano passado, foi registrada uma queda de 21,9%. Desse modo, este já é o sétimo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação.
A produção industrial acumula quedas de 8% na média móvel trimestral, de 11,2% no acumulado do ano e de 5,4% no acumulado de 12 meses.
Na passagem de abril para maio, a maior alta na produção foi observada entre os bens de consumo duráveis (92,5%), seguida pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (28,7%). Os bens de consumo semi e não duráveis cresceram 8,4% e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, subiram 5,2%.
A #produção industrial avançou 7,0% em maio frente a abril. Já em comparação com maio de 2019, houve queda de 21,9%. Nos últimos 12 meses a queda foi de 5,4% e em 2020 o recuo foi de 11,2%. Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) do #IBGE >> https://t.co/3guNz9zLZ3 pic.twitter.com/6NSRdn6YdG
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) July 2, 2020
Vinte dos 26 ramos industriais pesquisados tiveram aumento na produção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%); e bebidas (65,6%). Esses crescimentos foram impulsionados, em grande medida, pelo retorno à produção de unidades produtivas, após interrupções ocorridas devido à pandemia de COVID-19.
"A partir do último terço de março, várias plantas industriais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7% se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa. Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011", disse o gerente da pesquisa, André Macedo, citado pela Agência Brasil.
Por outro lado, seis atividades tiveram queda na produção, entre elas as indústrias extrativas (-5,6%) celulose, papel e produtos de papel (-6,4%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-6%).