O Senado dos EUA votou contra um projeto de lei que teria colocado fim à guerra no Afeganistão, o conflito mais longo da história do país norte-americano, e teria revogado a lei de 2001, que autorizava a "guerra ao terrorismo" impulsionada por Washington.
Nesta quarta-feira (1º), mais da metade dos legisladores votaram pelo rechaço da iniciativa, apresentada pelo senador republicano Rand Paul e pelo democrata Tom Udall como uma emenda à Lei de Autorização da Defesa Nacional, que se destinava a que o Pentágono começasse uma "retirada ordenada do país" asiático e o pagamento de um bônus de US$ 2,5 mil (R$ 13,3 mil) aos soldados norte-americanos ali destacados.
A emenda também teria revogado a Autorização do Uso da Força Militar de 2001, promulgada em resposta aos ataques de 11 de setembro do mesmo ano e que foi utilizada como justificativa para ações militares em diferentes países do mundo.
"Nossa emenda finalmente terminará por completo com a guerra no Afeganistão [...] Não é sustentável continuar lutando no Afeganistão geração após geração", disse Paul no Senado antes da votação, criticando este conflito de quase 20 anos de duração.
Ainda que o acordo alcançado entre Washington e os talibãs no começo de 2020 tenha iniciado uma retirada de tropas norte-americanas, 8.600 efetivos continuam em território afegão.