A pedido do presidente dos EUA Donald Trump, o comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, Qassem Soleimani, foi morto em janeiro deste ano em um ataque de drones dos EUA durante visita ao Iraque.
Além do general iraniano, também foi assassinado o chefe adjunto da milícia xiita iraquiana Forças de Mobilização Popular, Abu Mahdi Muhandis.
O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, contra-almirante Ali Shamkhani, afirmou no sábado (4) que o assassinato do general Soleimani pelas forças dos EUA foi o "maior presente" de Washington para o terrorismo na região, avança a Press TV.
"O ressentimento e rancor dos EUA e do regime sionista [de Israel] contra [...] Qassem Soleimani e Abu Mahdi Muhandis foi devido ao seu papel insubstituível na luta contra o terrorismo Takfiri na região e à revelação da farsa antiterrorista dos EUA", disse o alto funcionário iraniano em uma reunião.
A reunião também contou com a presença de outros funcionários judiciais, políticos, de inteligência militar e serviços secretos e foi supostamente dedicada à discussão sobre os "aspectos políticos e jurídicos" do assassinato do general, que era uma das figuras mais respeitadas do Irã, e à tomada de decisões "para acelerar o processo de punição dos responsáveis por esse ato atroz", relata a Mehr News.
Shamkhani disse também que a comunidade internacional "deve reconhecer os esforços e sacrifícios" feitos pelo falecido general Soleimani e pelo líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi Muhandis no combate contra o terrorismo na região.
Anteriormente as autoridades iranianas aprovaram uma medida para solicitar que a Interpol coloque o presidente dos EUA, Donald Trump, em sua lista de pessoas procuradas, pelo assassinato do general.
No entanto, contatada pela Sputnik, a organização Internacional informou que as regras internas da Interpol não permitem considerar o pedido das autoridades judiciais iranianas para emitir um mandado de prisão contra o presidente dos EUA.