Na noite de 15 de junho, forças chinesas e tropas indianas lutaram por horas com bastões e paus, resultando em uma escalada dramática que deixou 20 soldados indianos mortos, com alguns morrendo após cair nas águas geladas do rio Galwan, no oeste do Himalaia.
Na segunda-feira (6), fontes do governo indiano disseram que a China começou a retirar tropas da fronteira, depois de semanas de conversas entre altos oficiais militares sobre como aliviar as tensões. A China ainda não confirmou se sofreu baixas, mas as mortes na Índia foram as mais altas ao longo da fronteira em mais de cinco décadas.
"Os chineses tomaram medidas incrivelmente agressivas e os indianos fizeram o possível para responder a isso", afirmou Pompeo em entrevista coletiva no Departamento de Estado dos EUA. "Eu coloquei isso no contexto do secretário geral Xi Jinping e seu comportamento em toda a região e no mundo".
"Eu não acho que é possível olhar para esse exemplo em particular, a agressão do Partido Comunista Chinês isoladamente. Você precisa colocá-lo em um contexto maior", acrescentou Pompeo.
Os comentários do secretário dos EUA refletem as profundas tensões entre Washington e Pequim, que vão desde o desacordo com o tratamento do surto do novo coronavírus, as ações da China na ex-colônia britânica de Hong Kong, até uma disputa comercial de quase dois anos entre os dois países.
As Forças Armadas chinesas na segunda-feira (6) foram vistas desmontando tendas e estruturas em um local no vale de Galwan, perto de onde ocorreu o último confronto, informaram fontes do governo indiano, que falaram sob condição de anonimato.