Segundo a empresa tecnológica, foram apagadas 35 contas, 14 páginas e um grupo no Facebook, além de 38 contas na rede social Instagram, que também pertence à rede criada por Mark Zuckerberg.
"A atividade incluiu a criação de pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de páginas fingindo ser veículos de notícias", declarou o Facebook em um comunicado.
Apesar das tentativas de ocultar a identidade, os responsáveis foram identificados pela plataforma e teriam ligações com os gabinetes de Jair Bolsonaro, Eduardo e Flávio Bolsonaro (deputado e senador, filhos do presidente), de Anderson Moraes e Alana Passos (deputados bolsonaristas filiados ao PSL), e ao próprio partido que elegeu Bolsonaro.
A rede social justificou que essas contas e páginas estavam envolvidas com comportamento inautêntico no Brasil. O Facebook também explicou que o grupo usava uma combinação de contas duplicadas e contas falsas para evitar a aplicação de políticas da plataforma.
Todavia, as contas removidas no Facebook e no Instagram não foram divulgadas. A medida atinge aproximadamente 883 mil pessoas que seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook, os 917 mil que seguiam contas do grupo no Instagram, além do próprio grupo removido que reunia cerca de 350 pessoas.
O Facebook destacou também que chegou ao grupo por meio de reportagens da imprensa e referências levantadas durante audiência no Congresso Nacional, e que os conteúdos postados pelos excluídos variavam de política à pandemia da COVID-19.