Criado pelo engenheiro soviético Mikhail Kalashnikov em 1947, continua sendo o fuzil de assalto mais popular e amplamente usado no mundo, devido a grande confiabilidade em condições adversas e facilidade no uso, tendo sido produzidas mais de cem milhões de unidades.
Um fuzil tão emblemático não poderia fugir de mitos. E é sobre alguns deles que a revista norte-americana The National Interest dedica um artigo em sua edição de 5 de julho.
Mito da autolimpeza
Ao contrário de uma crença generalizada há décadas, o AK-47 não se limpa sozinho, garante Peter Suciu, o autor do artigo.
Apesar do Kalashnikov ser de fato um fuzil de baixa manutenção, Suciu associa o mito ao fato de os soldados simplesmente odiarem limpar suas armas, mesmo sabendo que a falta de limpeza as torna mais propensas a mau funcionamento.
Embora o AK-47 requeira pouca manutenção e "possa operar em condições difíceis, se não for mantida [a limpeza], ele se tornará rapidamente tão eficaz quanto um bastão de madeira e metal", observa o autor do artigo.
Isso talvez explique a crença que o AK-47 é tão robusto que funcionaria em qualquer ambiente.
AK-47 não é russo, mas alemão
Outro mito, refundido por alguns historiadores e especialistas, é que o AK-47 é uma cópia do fuzil de assalto nazista StG44.
Apesar de serem externamente semelhantes, existem "diferenças notáveis" na forma como funcionam. Cada arma tem mecanismos de disparo distintos, assim como diferentes configurações de montagem e desmontagem, defende o autor do artigo.
Suciu não tem dúvidas: "O AK não é de forma alguma uma cópia direta da arma alemã. É um mito insinuar ou afirmar que o AK-47 seja simplesmente uma versão soviética do StG44."