Após o final da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética possuía apenas um bombardeiro de longo alcance, o Tu-4, semelhante aos B-29 norte-americanos, conforme cita Caleb Larson, da revista norte-americana The National Interest.
Contudo, estas duas aeronaves eram vulneráveis perante os novos caças. Enquanto os EUA possuíam aeronaves capazes de atingir bases da Europa, a União Soviética apresentava sérios problemas em sua aviação de longo alcance.
Pensando nisso, o Escritório de Projetos Myasishchev desenvolveu o bombardeiro M-4, dotado de quatro motores turbojato e seis canhões de 23 milímetros, capaz de atingir alvos na Europa e nos EUA.
A nova aeronave soviética causou calafrios nos norte-americanos, que viram seus serviços de inteligência falharem, já que não tinham ideia sobre o projeto do bombardeiro desenvolvido pela Myasishchev.
Temendo estas aeronaves, os EUA começaram a utilizar diversos argumentos sobre a vantagem soviética para elevar os gastos de defesa do país para o desenvolvimento de novas aeronaves de longo alcance.
Apesar dos argumentos utilizados pelos EUA, a União Soviética deixou claro que o bombardeiro M-4 não seria produzido em grande escala e que não seria utilizado para atingir alvos nos EUA, tanto que posteriormente a aeronave passou a ser utilizada como reabastecedor e como cargueiro no programa espacial Buran.