As reservas de ouro e moeda estrangeira da Rússia aumentaram para quase US$ 569 bilhões (R$ 3 trilhões) no dia 1º de julho, segundo as últimas estimativas fornecidas pelo Banco Central russo.
Em um mês, as reservas internacionais aumentaram em US$ 2,7 bilhões (R$ 14,4 bilhões), ou aproximadamente 0,5%, em comparação com o mês anterior, tendo registrado um crescimento de mais de US$ 50 bilhões (R$ 267 bilhões) desde julho de 2019.
As reservas internacionais do país são constituídas por ativos de alta liquidez, como os estoques de ouro, moedas estrangeiras e ativos de Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês), que estão no Banco Central da Rússia e à disposição do governo.
Estes últimos são uma espécie de fundo de investimento para serem utilizados em tempos difíceis, permitindo ao país pagar aos credores estrangeiros ou fechar lacunas no orçamento de Estado durante uma crise.
Nos últimos anos, a Rússia aumentou ativamente e alterou o perfil das suas reservas cambiais, reduzindo a parte em dólares em favor de outras moedas e também do ouro, considerado como refúgio em períodos de agitação econômica, como o atual.
Rússia volta a investir em títulos da dívida pública dos EUA em detrimento do ourohttps://t.co/6mmKnlFM1J
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 6, 2020
Apesar do duplo golpe devido à queda recente dos preços do petróleo e às duras consequências econômicas da pandemia global, houve um aumento no valor das reservas de ouro do país.
O valor destas reservas no Banco Central da Rússia cresceu US$ 6,244 bilhões (R$ 33,33 bilhões), ou 5,2%, no mês de abril, atingindo mais de US$ 126 bilhões (R$ 672 bilhões), ou 21,3%, do total das reservas internacionais do banco, revelam dados recentemente divulgados pelo regulador.
Em junho, as reservas de ouro cresceram mais 2,5%, atingindo US$ 130,8 bilhões (R$ 699 bilhões), enquanto as reservas em moeda estrangeira caíram ligeiramente, em 0,1%, para US$ 438 bilhões (R$ 2,3 trilhões).
A produção de ouro no país subiu 3,8% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2019, conforme dados do Ministério das Finanças.