A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e foi atribuída ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
O Palácio do Planalto não ofereceu explicações sobre a exoneração. Para ambientalistas, isso levanta preocupações de interferência política à medida que a destruição aumenta na Floresta Amazônica.
Na sexta-feira (10), o INPE apontou que o desmatamento aumentou pelo 14º mês consecutivo, tendo intensificado em 25% nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Na segunda-feira (13) à noite, o INPE divulgou um comunicado dizendo que Vinhas havia sido transferida como parte de uma reestruturação maior existente para melhorar as operações da agência.
Segundo o instituto, ela liderará um projeto especial para lançar um banco de dados de "georreferenciamento" e seu departamento será fundido com departamentos meterológicos e outros.
O momento da demissão levanta questões sobre a motivação política, avaliou Marcio Astrini, chefe da organização não governamental (ONG) Climate Observatory.
"No mínimo, é muito estranho que uma gerente do INPE que lide com os dados de desmatamento seja demitida no dia seguinte [útil] após a divulgação dos dados de desmatamento", comentou Astrini.
O chefe da ONG citou, no ano passado, a renúncia do alto funcionário do INPE, o diretor Ricardo Galvão, pelo presidente Jair Bolsonaro, logo após a divulgação de dados que mostram o agravamento do desmatamento que irritou o mandatário brasileiro.
"Pelo menos, isso cria desconfiança nas intenções do governo", disse Astrini.
O INPE informou que foi forçado a se reestruturar devido à escassez de pessoal causada por cortes no orçamento.