A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (15) pela Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), organismo ligado à Organização das Nações Unidas. O órgão publicou um relatório atualizando a previsão de retração na atividade econômica da região, informou Agência Brasil.
O documento da Cepal indica que a queda no comércio mundial de bens e serviços pode chegar até 32%. Na região, as exportações já apresentaram uma queda de 23%.
Em abril, a projeção de queda no PIB era de 5,3%. Agora, segundo o relatório, a região apresentará uma queda do PIB de 9,1% em 2020.
Entre os países, as quedas mais significativas apontadas pelo relatório ocorrerão na Venezuela, cuja estimativa de queda do PIB é de 26%; Belize, com queda de 14% e Peru, com redução de 13%. No Brasil, a queda projetada do PIB é de 9,2%.
Com a redução da atividade econômica espera-se que a taxa de desemprego regional chegue a 13,5% no final de 2020. A retração econômica também deve ocasionar o fechamento de mais de 2,7 milhões de micro e pequenas empresas, provocando a perda de 8,5 milhões de postos de trabalho.
A Cepal defende que os países devem adotar ações, além de medidas já aprovadas, para atender as necessidades básicas e sustentar o consumo das famílias. Segundo a entidade, os países da região deverão injetar cerca de US$ 27,1 bilhões (R$ 145,5 bilhões), que correspondem a 0,52% do PIB regional, na economia para permitir a expansão da renda básica de emergência para nove meses, além de iniciativas para apoiar empresas e trabalhadores em risco.
O relatório diz ainda que os países devem impulsionar a retomada da atividade econômica, evitando medidas de austeridade e promovendo estímulos fiscais.