A declaração foi feita durante seu pronunciamento em reunião virtual do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
"A Venezuela enfrentou a pandemia em condições extremamente difíceis, em meio a um constante ataque econômico, político, midiático e militar. As medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos tentaram fazer os venezuelanos se ajoelharem", afirmou o ministro das Relações Exteriores.
Por outro lado, o chanceler destacou a solidariedade e cooperação de países amigos e da ONU, que enviaram ajuda humanitária para atender os atingidos pela epidemia do coronavírus na Venezuela.
Elogios à OMS
"O papel da Organização Mundial da Saúde em meio a esta pandemia é exemplo do multilateralismo que é necessário, que deve falar e atuar, não deve se dobrar ante pressões e extorsões dos poderosos", complementou ele.
Além disso, Arreaza disse que o multilateralismo deve acabar com as guerras econômicas e promover o "cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável de todos os países, demonstrando solidariedade e superando discursos burocráticos, por um mundo mais humano e de paz".
O chanceler afirmou ainda que "é tempo de atuar", e que a ONU pode desempenhar um papel central por meio do novo multilateralismo para acabar com as guerras convencionais e econômicas.
Brasil e EUA são críticos da OMS
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ao Congresso e à ONU que iniciou o processo para a retirada formal do país da Organização Mundial da Saúde. O republicano critica a gestão da pandemia da COVID-19 feita pela entidade.
Em abril, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo utilizou seu Twitter e blog pessoal para chamar o coronavírus de "comunavírus", argumentando que a pandemia será utilizada para a instauração do comunismo no mundo com ajuda da OMS.
'Comunavírus': Ernesto Araújo diz que pandemia será usada para instaurar comunismo no mundo
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 22, 2020
© Foto: Folhapress / Pedro Ladeirahttps://t.co/KeAl1sAgqU pic.twitter.com/me5GaSNKnX