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Venezuela enfrenta pandemia em meio a ataques econômicos dos EUA, diz chanceler

© REUTERS / Manaure QuinteroMédicos caminham em rua de Caracas (Venezuela), que enfrenta alta de casos do coronavírus
Médicos caminham em rua de Caracas (Venezuela), que enfrenta alta de casos do coronavírus - Sputnik Brasil
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A Venezuela enfrenta a pandemia da COVID-19 em condições extremamente difíceis devido ao ataque econômico dos Estados Unidos, disse nesta sexta-feira (17) o chanceler Jorge Arreaza. 

A declaração foi feita durante seu pronunciamento em reunião virtual do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. 

"A Venezuela enfrentou a pandemia em condições extremamente difíceis, em meio a um constante ataque econômico, político, midiático e militar. As medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos tentaram fazer os venezuelanos se ajoelharem", afirmou o ministro das Relações Exteriores. 

Por outro lado, o chanceler destacou a solidariedade e cooperação de países amigos e da ONU, que enviaram ajuda humanitária para atender os atingidos pela epidemia do coronavírus na Venezuela. 

Elogios à OMS

"O papel da Organização Mundial da Saúde em meio a esta pandemia é exemplo do multilateralismo que é necessário, que deve falar e atuar, não deve se dobrar ante pressões e extorsões dos poderosos", complementou ele. 

Além disso, Arreaza disse que o multilateralismo deve acabar com as guerras econômicas e promover o "cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável de todos os países, demonstrando solidariedade e superando discursos burocráticos, por um mundo mais humano e de paz". 

O chanceler afirmou ainda que "é tempo de atuar", e que a ONU pode desempenhar um papel central por meio do novo multilateralismo para acabar com as guerras convencionais e econômicas. 

Brasil e EUA são críticos da OMS

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ao Congresso e à ONU que iniciou o processo para a retirada formal do país da Organização Mundial da Saúde. O republicano critica a gestão da pandemia da COVID-19 feita pela entidade. 

Em abril, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo utilizou seu Twitter e blog pessoal para chamar o coronavírus de "comunavírus", argumentando que a pandemia será utilizada para a instauração do comunismo no mundo com ajuda da OMS.

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