A regra habitual, a qual a Administração Trump defende, não é mais uma forma eficiente de avaliar a contribuição individual de cada país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirmou nesta sexta-feira (17) a ministra da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer.
A ministra qualificou a referência a 2% do PIB no orçamento alocado à Defesa como uma cifra que perde relevância, considerando os efeitos da crise da COVID-19 nas economias dos países membros da Aliança.
"Uma maior porcentagem pode ser atingida sem de fato [se investir] mais recursos na Defesa", afirmou Karrenbauer, conforme cita Spiegel. Até 2030, as Forças Armadas da Alemanha estarão preparadas para disponibilizar 10% de suas capacidades para operações da OTAN, salientou a ministra.
Além disso, Peter Tauber, secretário de Estado parlamentar, explicou à mídia local que este padrão "não é um indicador suficiente, considerando a diminuição do Produto Interno Bruto devido à COVID-19".
O indicador alternativo proposto pela ministra da Defesa "torna as capacidades militares mais mensuráveis e eficientes", continuou Tauber.
Contudo, o distanciamento do padrão de 2% pode ter um impacto negativo nas relações entre EUA e Alemanha. Donald Trump pressionou os demais membros da Aliança a atenderem a meta percentual.
De acordo com o mandatário norte-americano, a Alemanha se beneficia da presença das tropas norte-americanas enquanto gasta pouco com as causas comuns da OTAN.
Anteriormente, os EUA confirmaram a retirada de aproximadamente dez mil militares do território alemão, sendo redistribuídos na Europa, enquanto alguns retornariam aos EUA.