A Rússia concluiu testes clínicos de vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), que foram realizados pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, no Hospital Militar Burdenko, anunciou nesta segunda-feira (20) o Ministério da Defesa da Rússia.
"Os resultados dos testes disponíveis mostram claramente que todos os voluntários têm uma resposta imune à vacinação. Não foi detectado nenhum efeito colateral, complicações, reações indesejáveis [ou] reclamações sobre o estado de saúde dos voluntários no momento da alta", afirmou o ministério.
No mesmo dia (20), foram dispensados 20 voluntários. Todos os dados serão transmitidos ao Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, que os processará. Em seguida, está planejado o registro estatal do medicamento.
Anteriormente, o coronel Sergei Borisevich, que comanda o 48º Instituto Central de Pesquisa Científica das Tropas de Defesa Química, Biológica e Radiológica da Rússia, disse que o alto nível de anticorpos surgido após a introdução da vacina permaneceria no corpo por um longo tempo.
"As capacidades da plataforma, onde antes foram desenvolvidas duas vacinas contra ebola e uma vacina contra a Síndrome Respiratória do Oriente Médio [MERS, na sigla em inglês], permitirão manter a camada protetora produzida após a imunização por um longo tempo", explicou.
Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus, produtor da doença COVID-19, uma pandemia mundial. Cerca de 14,5 milhões de casos foram detectados no mundo inteiro e mais de 606.000 pessoas já morreram, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, EUA.