A Suprema Corte decidiu que não tem autoridade para intervir nas considerações diplomáticas do governo israelense ao levar seus convidados ao Museu do Holocausto, indicando que as visitas podem ter "valor educacional", informou o jornal Haaretz nesta terça-feira (21).
Nos últimos anos, dezenas de ativistas israelenses pediram ao Museu do Holocausto e ao Ministério das Relações Exteriores que evitem visitas "vergonhosas" de líderes estrangeiros que conduzem políticas perigosas.
Entre as visitas mais controversas estão as do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte; o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban; o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini; o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro; bem como líderes de muitos outros países.
Na petição que agora foi negada pela Suprema Corte, foi denunciado que é imoral que os líderes visitem o museu que foram acusados de "crimes de guerra, crimes contra a humanidade e graves violações dos direitos humanos".
A petição dizia que essas visitas "feriram os sentimentos" de um grande número de judeus.
A Suprema Corte responde que, embora a petição levante "questões morais e éticas pesadas", a Corte não tem autoridade para determinar as considerações diplomáticas do governo para organizar tais visitas.