Desta forma, a queda das moedas de mercados emergentes em relação ao dólar nas condições econômicas impostas pela pandemia propiciou esperanças no crescimento da capacidade exportadora dos países em desenvolvimento.
Contudo, de acordo com os economistas do FMI, é improvável que os países em desenvolvimento possam aproveitar o enfraquecimento de suas moedas nacionais frente ao dólar para estimular suas economias, publicou o Financial Times.
A razão disso seria a dinâmica das cotações no curto prazo que pouco influencia as exportações, cujos preços são estabelecidos em dólares. Além disso, o dólar mais caro acaba encarecendo os produtos e serviços importados e reduzindo a demanda destes.
Também a recuperação do setor turístico, que é muito sensível às oscilações das moedas nacionais, está limitada pelas restrições da quarentena.
É válido ressaltar que, em particular, os países que mais comercializam em dólar estão presentes na América Latina e na Ásia. Contudo, a cotação das moedas dos países em desenvolvimento continua abaixo do período pré-crise, em especial do real, que desde o início do ano desvalorizou-se em um terço.