Atualmente, uma série de vacinas estão em estudo pelo mundo, algumas em sua fase final, quando a substância é testada em humanos. No entanto, a entidade alertou que as primeiras doses só deverão começar a ser fornecidas no início do ano que vem.
"Realisticamente, estaremos na primeira parte do ano que vem antes de começarmos a ver pessoas sendo vacinadas", disse Mike Ryan, diretor e especialista em emergências da OMS, segundo a agência Reuters. "Estamos fazendo um bom progresso", acrescentou.
O especialista ressaltou que, enquanto a vacina não chega, é preciso conter a disseminação do novo coronavírus. Nos últimos dias a entidade vem registrando recorde de novos casos da COVID-19.
Vacina de Oxford vem obtendo êxito
Um dos estudos mais avançados do mundo no momento é de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e que começou a ser testada em vários países, entre eles o Brasil. O êxito no desenvolvimento da substância fez surgir especulações de que a vacina poderia começar a ser distribuída ainda neste ano.
Segundo a instituição britânica, análises mostraram que a vacina protege o corpo conta a COVID-19 tanto com anticorpos como com células T, outro mecanismo de defesa contra vírus.
Além disso, doses de vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech, que fez parceria com o Instituto Butantan, chegaram a São Paulo na segunda-feira (20) para início de testes em voluntários.
Testes da vacina contra a COVID-19 queimam etapas para salvar vidas, diz ex-diretor da Anvisahttps://t.co/SwUgVrEmaa
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 21, 2020
Balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 166 vacinas estão em desenvolvimento contra o coronavírus. Destas, 24 começaram ou estão prontas para início da fase clínica, que é a etapa de testes em humanos, sendo que cinco estão mais avançadas, com grande número de voluntários.
'São para todo mundo'
Somente depois disso é que uma vacina pode ser registrada e liberada para comercialização. Nesse sentido, Mike Ryan alertou que o produto desenvolvido deverá ser fornecido para toda a população mundial.
"Devemos ser justos em relação a isso, porque isso é um bem global. Vacinas para essa pandemia não são para os ricos, não são para os pobres, elas são para todo mundo", disse.