Reino Unido se abre para habitantes de Hong Kong e diz que processo de cidadania começará em janeiro

© REUTERS / Thomas PeterBandeira colonial de Hong Kong esvoaça em uma marcha de protestos contra a lei antiextradição na estação ferroviária West Kowloon Express Link, em Hong Kong, China, 7 de julho de 2019.
Bandeira colonial de Hong Kong esvoaça em uma marcha de protestos contra a lei antiextradição na estação ferroviária West Kowloon Express Link, em Hong Kong, China, 7 de julho de 2019. - Sputnik Brasil
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Governo do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (22) que processo para cidadãos de Hong Kong obterem cidadania britânica iniciará a partir de janeiro e abriu entrada no país para cerca de 3.000.000 de pessoas.

Por meio de um comunicado, o Ministério do Interior disse que indivíduos que possuem passaporte nacional britânico no exterior (British National Overseas) e seus familiares podem se mudar para o Reino Unido para trabalhar e estudar, segundo nota da agência AP. 

"O Reino Unido tem um relacionamento forte e histórico com o povo de Hong Kong, e estamos defendendo a promessa de que eles mantenham suas liberdades", disse o secretário do Interior, Priti Patel. 

Segundo o governo, não haverá testes ou requerimentos econômicos para a vinda dos cidadãos de Hong Kong. Além disso, eles poderão se mudar mesmo antes de ter uma oferta de trabalho. A avaliação é de que cerca de 3.000.000 de pessoas estarão aptas a migrar para o Reino Unido se desejarem.

Os cidadãos de Hong Kong poderão solicitar visto permanente após permanecerem em território britânico por cinco anos. Em seguida, após 12 meses, poderão pedir cidadania. 

Nova lei de segurança nacional

A medida britânica surge após a China implementar a nova lei de segurança nacional de Hong Kong, que penaliza atos de subversão, terrorismo, secessão, conspiração com influência estrangeira e outros que ameaçam a segurança do território.

Países ocidentais alegam que a lei servirá para diminuir liberdades de cidadãos de Hong Kong. Pequim, por sua vez, diz que o assunto é interno e as medidas servirão apenas para coibir crimes. 

A Declaração Conjunta Sino-Britânica de 1984 estabeleceu que Hong Kong, após retornar para o domínio de Pequim, em 1997, manteria por 50 anos um amplo grau de autonomia como região administrativa especial na China.

Em protesto contra a promulgação da nova política, o Reino Unido já havia suspendido seu tratado de extradição com Hong Kong. A China afirmou que a medida era uma violação do direito internacional. 

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