"Até que a curva comece a se achatar no Brasil, as fronteiras não abrirão. Temos uma obrigação moral de cuidar de nosso povo", afirmou Abdo Benítez ao jornal local ABC Color.
O presidente paraguaio lembrou que o governo está construindo várias ferramentas para tentar movimentar um pouco a economia, como tentar passar a mercadoria em conformidade com os protocolos sanitários.
"Somos os que mais querem abrir a fronteira para reativar a economia, principalmente das cidades na fronteira onde estamos construindo estratégias de contenção social, mas você vê o que está acontecendo. Ciudad del Este é uma das cidades onde há mais casos", explicou ele.
© REUTERS / NEXU Science Communication / File PhotoImagem computadorizada criada pela Nexu Science Communication e pelo Trinity College da COVID-19, ligada ao surto em Wuhan
Imagem computadorizada criada pela Nexu Science Communication e pelo Trinity College da COVID-19, ligada ao surto em Wuhan
© REUTERS / NEXU Science Communication / File Photo
As fronteiras do Paraguai estão fechadas desde 24 de março por uma resolução presidencial para impedir a expansão maciça da COVID-19 no país.
"Não temos indústria, temos uma geladeira que provavelmente funcionará em 15 dias [...], as compras não podem ser abertas [...], não sabemos realmente o que podemos fazer. A única saída é abrir a fronteira, mas você não pode", acrescentou.
O Paraguai tem quatro mil casos confirmados e 36 mortes, enquanto o número de pacientes com o vírus ativo é de 1.573, dos quais 533 estão no departamento de fronteira do Alto Paraná.