O anúncio da reinterpretação do acordo foi feito pela Casa Branca, que esclareceu que o presidente Donald Trump pretende promover a exportação de sistemas aéreos não-tripulados (UAS, na sigla em inglês).
Embora tenha reconhecido a importância do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR, na sigla em inglês), o governo americano o classificou de "obsoleto".
"Enquanto o MTCR é fundamental para diminuir a proliferação [de armas] e promover a paz e segurança, é em muito necessária sua modernização em relação aos UAS", publicou a Casa Branca em nota.
O acordo, além de estabelecer regras sobre a exportação de mísseis, traz também consigo limitações no comércio de drones para fins militares.
"Além de estes padrões obsoletos [do MTCR] darem uma vantagem injusta aos países fora do MTCR e ferirem a indústria dos EUA, eles também impedem nossa capacidade de dissuasão no exterior ao pôr em desvantagem nossos parceiros e aliados com tecnologia inferior", acrescenta a nota.
Desta forma, com as novas regras, as aeronaves não tripuladas que voam a velocidades abaixo de 800 km/h, incluindo o drone Reaper da General Atomics e a aeronave de inteligência Global Hawk da Northrop Grumman, serão reclassificados para categoria UAS I, o que facilitará sua venda.
Estabelecido em 1987 entre os EUA, Canadá, França, Itália, Alemanha, Japão, Reino Unido e, atualmente, outras dezenas de países, o MTCR constitui-se como um regime cujos membros participam de forma voluntária para tratar do controle de exportações de materiais e tecnologias destinados à produção de mísseis.