Genoma neandertal faz algumas pessoas sentirem mais dor do que outras, diz estudo

© AP Photo / Martin MeissnerReconstrução do homem neandertal (foto de arquivo)
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Estudo revela que milhões de pessoas, com um raro gene mutante oriundo dos homens neandertais, são mais sensíveis a dor do que outras.

De acordo com a pesquisa, o raro genoma que possui uma "alteração nervosa" ainda pode ser encontrado em pessoas no mundo atual.

A razão disso seria uma "predisposição biológica a uma elevada sensação de dor", publicou o portal científico Current Biology trazendo o estudo.

Atualmente, os genomas dos neandertais estão sendo estudados para que os cientistas possam entender as mutações envolvidas após a separação de sua linhagem dos humanos.

Apesar da pequena quantidade de genoma disponível para os estudos, os cientistas Svante Paabo do Instituto Max Planck para a Antropologia Evolucionária em Leipzig, Alemanha, e Hugo Zeberg do Instituto Karolinska em Estocolmo, Suécia, lograram gerar genomas de alta qualidade a partir de material obtido em cavernas na Croácia e Rússia.

Desta forma, acredita-se que uma variação do DNA neandertal, envolvido no controle dos impulsos dos nervos, pode ser responsável por fazer os ditos ancestrais dos homens mais propícios a sentir dor.

De acordo com Paabo, pelo menos 0,4% dos participantes de um banco biológico do Reino Unido, com 500 mil genomas britânicos modernos, carregam o gene neandertal mutante.

Em tais pessoas, o gene cria uma proteína responsável pela duração dos sinais de dor enviados ao cérebro e à medula espinhal.

Os neandertais viveram no meio do período Paleolítico entre 30 mil e 300 mil anos atrás.

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