Após bater recorde histórico, economista explica por que o valor do ouro não para de subir

© REUTERS / Siphiwe SibekoOuro subiu para o nível mais alto de todos os tempos
Ouro subiu para o nível mais alto de todos os tempos - Sputnik Brasil
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O preço do ouro está passando por uma valorização histórica e está agora em níveis não vistos em quase dez anos. Yaroslav Kabakov, economista russo, compartilha sua avaliação da situação.

Como um porto seguro tradicional, o ouro se tornou nos últimos meses o recurso de confiança dos investidores diante de mercados altamente voláteis. Dessa forma, a cotação do metal precioso bateu o recorde de 2011.

De acordo com os últimos dados na Bolsa de Valores Comex de Nova York, contratos futuros de ouro para entrega em agosto estão em US$ 1.936 (R$ 10.009) por onça troy.

O ouro vem subindo há sete semanas em meio à pandemia de coronavírus e agora atingiu seu auge devido às tensões geopolíticas entre a China e os EUA, tornando o metal precioso um bem mais atraente do que outros.

O economista russo Yaroslav Kabakov, doutor em Economia e diretor estratégico da empresa de investimentos russa Finam, afirmou ao serviço russo da Rádio Sputnik que essa subida no preço do ouro era de se esperar e prevê novos recordes para as próximas semanas ou meses.

"Posso dizer que nos últimos meses o preço [do ouro] foi de cerca de US$ 1.800 [R$ 9.306] por onça troy, portanto, o aumento em direção ao máximo era previsto. Tanto que o preço pode chegar a US$ 2.000 [R$ 10.415] no futuro próximo. Por que isso está acontecendo? É por causa de políticas monetárias bastante indulgentes por parte dos bancos centrais e um fluxo constante de liquidez no mercado", explica Kabakov.

Tudo isso se resume ao status do ouro como um porto seguro. Neste contexto, é mais atraente investir em ouro do que em títulos do tesouro, explica o economista.

"Como os retornos dos títulos do Tesouro não proporcionam aos investidores as possibilidades de investimento necessárias, o ouro está se tornando um instrumento ao qual muitos investidores estão se voltando, cobre os riscos de inflação, incluindo a possível correção dos preços de outros ativos", conclui Kabakov.

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