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Chanceler do Brasil garante que Bolsonaro conseguirá trabalhar com Biden, se ele bater Trump

© AP Photo / Leo CorreaChanceler Ernesto Araújo durante o encontro do BRICS no Rio de Janeiro
Chanceler Ernesto Araújo durante o encontro do BRICS no Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou nesta terça-feira (28) que as relações com os Estados Unidos não serão afetadas caso o candidato democrata Joe Biden vença as eleições deste ano contra o republicano Donald Trump, com quem o governo brasileiro mantém uma relação próxima.

Em declarações à imprensa, Araújo explicou que o Brasil, que desde a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência em 2019 se aproximou muito do governo dos EUA, está preparado para qualquer resultado nas eleições de novembro, apesar das críticas que o Partido Democrata fez à política ambiental brasileira.

"Estou convencido de que, em um eventual governo democrata, com certos ajustes, seremos capazes de manter uma agenda muito positiva. Os presidentes Bolsonaro e Trump têm um relacionamento muito próximo, o que trouxe avanços muito importantes, mas esses avanços são entre o Brasil e os Estados Unidos, não entre os dois presidentes", avaliou.

Araújo espera que a cooperação entre os dois países, em setores como defesa e segurança, continue igualmente se Biden governar os EUA, e lembrou que existem muitas oportunidades de negócios que surgirão.

© AP Photo / Alex Brandon / FilePresidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Donald Trump (EUA) posam para fotos antes de jantar em Mar-a-Lago, na Flórida
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Presidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Donald Trump (EUA) posam para fotos antes de jantar em Mar-a-Lago, na Flórida

O Brasil foi favorecido por algumas decisões de Trump, como a suspensão da proibição de compra de carne brasileira em vigor desde 2017, e também apoiou a candidatura brasileira para ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os dois países também assinaram acordos de defesa e cooperação espacial e estão discutindo um novo acordo comercial – este também já fulminado pelos democratas. Segundo Araújo, o progresso no relacionamento entre os dois países ocorreu porque Bolsonaro "acabou com a má vontade" dos governos brasileiros anteriores em relação ao relacionamento com os EUA.

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