A porcentagem equivale a um total de 1,32 milhão de pessoas infectadas. Os dados foram publicados nesta terça-feira (28) durante coletiva de imprensa do prefeito da cidade, Bruno Covas.
Os números apontados pelo inquérito sorológico da prefeitura paulistana são sete vezes maiores do que os números oficiais do governo estadual. Oficialmente, a capital paulista tem 182.027 casos registrados da doença. A prefeitura divulgou ainda que cerca de 39,7% dos infectados são assintomáticos, segundo o levantamento.
O inquérito sorológico da prefeitura aponta que 13,9% dos casos foram registrados na população com mais de 65 anos. As pessoas com idade entre 18 e 34 anos representam 12,5% dos casos, enquanto a faixa etária entre 35 e 49 anos corresponde a 12,3% dos infectados.
Vírus atinge mais pobres e negros e uso de máscaras demonstra eficácia
A pesquisa aponta ainda uma incidência quatro vezes maior na classe D do que na classe A entre os paulistanos, mostrando que os mais pobres têm mais chances de serem infectados. Da mesma forma, os dados apontam que a população negra de São Paulo tem 60% mais chances de ser infectada pelo SARS-CoV-2.
Há também dados por áreas da cidade. A Zona Sul paulistana tem 16,1% dos casos, enquanto a Zona Leste tem 13,3%. Logo em seguida vêm as zonas Sudeste, com 9,3% dos casos, a Zona Norte, com 8,2%, e a Centro-Oeste, com 3,7%.
O inquérito divulgado nesta terça-feira (28) é a segunda fase do levantamento. A primeira fase, com dados até o dia 6 de julho, apontou que 9,8% da população havia sido infectada pelo novo coronavírus. Ao todo serão 9 fases, cada uma realizada a cada 15 dias.
São Paulo é o estado com mais casos e mortes por COVID-19 no Brasil. O estado registra 837.243 casos da doença e 39.449 óbitos por COVID-19.