O secretário-geral do Gabinete do governo do Japão, Yoshihide Suga, disse que, se forem verdadeiros os relatos sobre a estátua recém-inaugurada, simbolizando o primeiro-ministro Shinzo Abe, isso é "inaceitável do ponto de vista da cortesia internacional" e terá "um impacto decisivo nas relações Japão-Coreia".
Top government spokesman says move could have 'decisive effect' on ties.https://t.co/JW87hEfb3h
— Nikkei Asian Review (@NAR) July 28, 2020
O principal porta-voz do governo diz que a ação pode ter um "efeito decisivo" nos laços
A estátua, intitulada "Expiação Eterna" ou "Uma Desculpa Sincera", foi encomendada por um jardim botânico privado na cidade sul-coreana de Pyeongchang e representa uma jovem em tamanho natural sentada em um banco e um homem ajoelhado e curvado na frente dela. O monumento simboliza a dor das chamadas "mulheres de conforto", ou seja, as coreanas forçadas a trabalhar em bordéis para os militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
A mídia sul-coreana descreveu a figura ajoelhada em Pyeongchang como representando Abe, enquanto o escultor da estátua teria dito que o trabalho simboliza a necessidade de "o líder do Japão" se desculpar.
Contudo, o diretor do jardim botânico, Kim Chang-ryeol, afirmou ao Japan Times que a figura ajoelhada não simboliza Abe, podendo significar "qualquer homem que tenha que pedir desculpas à garota".
Toda a península coreana foi uma colônia japonesa de 1910 a 1945. Acredita-se que 200.000 mulheres e meninas coreanas tenham sido forçadas a trabalhar nos bordéis administrados pelo Exército japonês. Esta continua sendo uma questão controversa entre Seul e Tóquio, já que a Coreia do Sul busca arrependimento e compensação financeira por parte do Japão.