Batizada de "Mercado das Armas", a operação, que reuniu cerca de 130 policiais, cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão no Paraná, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Segundo as investigações, as armas e acessórios de fogo eram importados de forma ilegal da fronteira do Paraguai e distribuídos pelo Brasil. Os mandados foram autorizados pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
O material era trazido do Paraguai com ajuda de atravessadores. Depois, distribuído pelos correios ou transportadoras privadas escondido dentro de equipamentos como rádios, climatizadores e panelas elétricas.
Pistolas airsoft transformadas em submetralhadoras
Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
“Um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelos investigados é o denominado Kit Roni que, em um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft, era transformado para uso com armas de fogo e munições reais, tornando o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas. A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais”, diz nota divulgada pela Polícia Federal.