O ministro participou nesta terça-feira (28) do seminário virtual "Investir no Brasil Infraestrutura", organizado pela Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos para atrair investidores estrangeiros.
"Temos o maior programa de concessão [de infraestrutura] do mundo, algo sem precedentes, e isso trará uma avalanche de dinheiro privado para nossa economia e transformará nossa infraestrutura nos próximos anos. Estamos falando de uma verdadeira revolução em termos de infraestrutura", explicou.
Segundo Freitas, o Programa de Parceria Público-Privada já permitiu "mais de 170 licitações em todas as áreas de infraestrutura, energia, petróleo e gás, estradas, aeroportos, ferrovias, terminais portuários [...] e muitos contratos de investimento já assinados que ultrapassam R$ 500 milhões", afirmou.
"São investimentos que começarão a ser vistos agora e perceberemos os efeitos econômicos desses investimentos contratados nos últimos anos", acrescentou ele, que disse que "o Brasil tem um grande número de projetos" e afirmou que "até o final do mandato (2022) realizaremos mais de 100 leilões de infraestrutura no Ministério de Infraestrutura".
O ministro destacou que "o Brasil tem um grande portfólio" de projetos para investir "e isso é importante, porque ninguém entrará no país para estudar suas regras, legislação [...] para uma única licitação. Temos muitos projetos e isso é interessante, porque traz lucro para todos", afirmou.
Freitas minimizou a importância da crise econômica mundial e estava convencido de que o Brasil atrairá investimentos estrangeiros "porque é um país com um histórico de respeito por contratos, como foi visto durante a pandemia, que não quebramos".
Menos riscos aos investidores internacionais
O chefe da Infraestrutura brasileira destacou as mudanças ocorridas no país nos últimos anos, após a grave crise vivida entre 2015 e 2016. Desde então, houve uma mudança estrutural, primeiro com o governo de Michel Temer e aprofundando-se com o governo de Jair Bolsonaro.
"É uma mudança muito importante que ataca os riscos de investir no país que os investidores apontaram", prosseguiu.
Entre as mudanças promovidas pelo governo, destacou "a aprovação da Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência Social e a aprovação do limite de gastos públicos, e iniciamos uma trajetória de recuperação fiscal. Tínhamos taxa de juros de 14% e agora está no nível mínimo de 2,25%, algo muito importante para investimentos em infraestrutura", enfatizou.
Ele também comentou que "o prêmio de risco estrutural diminuiu e é menor que o de outros países emergentes, de outros concorrentes. A responsabilidade fiscal e o compromisso com a solvência nos deram uma trajetória descendente de risco", explicou.
Entre as propostas que o governo deseja promover até o final de 2022 estão "a concessão de 43 aeroportos, linhas férreas, como a Rota de Integração Centro-Oeste, quase 18 mil quilômetros de rodovias federais e dezenas de terminais portuários".
O ministro destacou a "estruturação sofisticada" do Brasil e a "sustentabilidade" dos projetos de infraestrutura promovidos pelo governo.
"Nossos projetos já nascem com selo verde e serão exemplos de sustentabilidade para o planeta, para que contribuam para a descarbonização da matriz de transporte. Vamos dar um exemplo, temos agências internacionais que analisam projetos de sua gênese. Provaremos que podemos investir em infraestrutura, preservando o meio ambiente", finalizou.