Astrônomos descobrem fenômeno responsável pelas pulsações espaciais

© Foto / Pixabay / TheDigitalArtistRepresentação artística de explosão espacial
Representação artística de explosão espacial - Sputnik Brasil
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As chamadas rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) eram um dos mistérios mais intrigantes do Universo, pois sua origem não era conhecida até agora.

Uma colaboração global de telescópios, incluindo o da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), chamada Integral, detectou a fonte das rajadas rápidas de rádio no espaço, descobrindo que essas rajadas parece que são emitidas por magnetares, restos estelares com campos magnéticos intensos, informa o portal SciTechDaily.

As FRB, descobertas pela primeira vez em 2007, são ondas de rádio luminosas que pulsam no espaço por apenas alguns milissegundos e depois desaparecem para raramente serem vistas novamente. Há anos os astrônomos tentam encontrar a fonte e origem das FRB, e a descoberta parece oferecer uma chave para novos conhecimentos sobre o fenômeno.

Era conhecido que os magnetares emitem raios X, mas segundo relatou Sandro Mereghetti, do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF-IASF, na sigla em italiano) em Milão, Itália, e autor principal do estudo publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters, o Integral detectou também ondas de rádio.

"O 'Sistema de Alerta de Rajada' do Integral alertou automaticamente os observatórios do mundo inteiro sobre a descoberta em poucos segundos, horas antes de qualquer outro alerta ser emitido, permitindo à comunidade científica agir rapidamente e explorar esta fonte em mais detalhes", explicou Mereghetti.

As características do Integral permitiram aos astrônomos atribuir a fonte de ondas de rádio à estrela, enquanto a maioria dos outros satélites não foi capaz de identificar a localização da rajada.

© Foto / James Josephides/Universidade de Tecnologia SwinburneRepresentação de uma Rajada Rápida de Rádio
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Representação de uma Rajada Rápida de Rádio

A fonte magnetar, SGR 1935+2154, descoberta há seis anos na constelação Vulpecula em nossa galáxia Via Láctea, tornou-se ativa novamente no final de abril, emitindo não apenas raios X, mas também ondas de rádio.

"Esta é a primeira conexão observacional entre magnetares e explosões rápidas de rádio", afirma Mereghetti. "É realmente uma grande descoberta e ajuda a jogar luz na origem destes fenômenos misteriosos".

História da pesquisa

Os magnetares estão se tornando cada vez mais populares entre os astrônomos, pois acredita-se que eles desempenham um papel fundamental na realização de diferentes eventos no Universo, desde explosões de supernovas superluminosas até grandes explosões de raios gama distantes.

O observatório espacial de alta-energia Integral, lançado em 2002, possui quatro instrumentos capazes de observar e obter simultaneamente imagens de objetos cósmicos em raios gama, raios X e luz visível.

A localização da origem das explosões de rádio tem sido um enigma para os cientistas desde sua descoberta inicial, dando mesmo origem a suposições de uma conexão com a inteligência extraterrestre. Mais recentemente, no entanto, surgiram sugestões de que os sinais de rádio poderiam emanar de magnetares, embora suas pistas tipicamente levem a outras galáxias, não à Via Láctea.

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