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IBGE: 62,4% das empresas foram afetadas negativamente pela pandemia de COVID-19

© Folhapress / Fernando Souza / AgifMovimentação nas ruas e comércio nos arredores do Mercado Popular do Saara, no centro do Rio de Janeiro, durante a pandemia da COVID-19, em 10 de julho de 2020.
Movimentação nas ruas e comércio nos arredores do Mercado Popular do Saara, no centro do Rio de Janeiro, durante a pandemia da COVID-19, em 10 de julho de 2020. - Sputnik Brasil
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A pandemia de COVID-19 afetou negativamente 62,4% das 2,8 milhões de empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho, informou um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados da segunda rodada da Pesquisa Pulso Empresa, publicada pelo IBGE nesta quinta-feira (30), refletem as percepções das empresas em funcionamento ao final da segunda quinzena de junho em comparação à primeira quinzena.

A pesquisa acompanha a evolução de alguns dos principais efeitos da pandemia de COVID-19 na atividade das empresas não financeiras e faz parte das Estatísticas Experimentais do IBGE.

Se para 62,4% das empresas as consequências da pandemia foram negativas, para 22,5% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 15,1% o efeito foi positivo.

"As empresas do setor de serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (65,5%), com destaque para o segmento de serviços prestados às famílias (86,7%). No comércio, 64,1% relataram efeitos negativos e na construção, 53,6%. No setor industrial, 48,7% das empresas destacaram impacto negativo, enquanto para 24,3% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,0% o impacto nessa quinzena foi positivo", informou o estudo, disponível no site da instituição.

Os efeitos negativos foram percebidos por 62,7% das empresas de pequeno porte, 46,3% das intermediárias e 50,5% das de grande porte. Por regiões, os efeitos seguiram negativos para 72% das empresas no Nordeste, 65% no Sudeste e 63% no Centro-Oeste. Já as regiões Norte e Sul apresentaram os maiores percentuais de empresas que declararam que os efeitos foram inexistentes (27,4% e 30,9%, respectivamente) ou positivos (24,5% e 15,2%) ao final da quinzena.

O estudo destacou que a queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia foi sentida por metade (50,7%) das empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho. Já 27,6% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 21,4% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia. A queda nas vendas foi sentida por 51,0% das companhias de pequeno porte, 39,1% das intermediárias e 32,8% das de grande porte. Nas empresas de maior porte, destaque para o percentual de 41,2% que relataram efeito pequeno ou inexistente.

Quanto ao pessoal ocupado, cerca de oito em cada dez empresas em funcionamento (78,6% ou 2,2 milhões) mantiveram o número de funcionários na segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior, 14,8% indicaram redução no quadro e 6,3% aumentaram o número de empregados.

Já entre as 411 mil empresas que reduziram a quantidade de empregados, 61,8% diminuíram em até 25% seu pessoal. Independentemente do porte, atividade econômica ou localização geográfica, os maiores percentuais de redução ficaram no patamar de até 25% do pessoal.

Estima-se, ainda, que 43,9% das empresas adiaram o pagamento de impostos e 12,4% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial dos funcionários.

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