SN 1987A é uma explosão estelar que ocorreu com um astro 20 vezes mais pesado que o Sol. Pela primeira vez, a supernova foi observada em 23 de fevereiro de 1987 em uma galáxia anã próxima, a Grande Nuvem de Magalhães, a aproximadamente 163 mil anos-luz de distância.
Desde então, astrônomos vem procurando um objeto compacto que devia ter se formado dos escombros da explosão.
Sendo que partículas, conhecidas como neutrinos, foram detectadas na Terra no dia da explosão, pesquisadores esperavam que uma estrela de nêutrons tivesse se formado no centro colapsado da estrela.
Porém, por não terem conseguido encontrar nenhuma evidência da estrela de nêutrons, astrônomos começaram a cogitar o surgimento de um buraco negro em decorrência do colapso.
From 'blop' in the Cosmos to possible N E U T R O N Star!
— ALMA Observatory at Home📡 (@almaobs) July 30, 2020
✨163,000 light years from us, in the dusty heart of Supernova 1987A, two teams of astronomers are investigating a 33 years old mystery.https://t.co/tcLEIdzBj5 pic.twitter.com/LWRdNIy89r
De uma "bolha" no cosmos a uma possível estrela de nêutrons!
A 163 mil anos-luz, no coração empoeirado da supernova 1987A, duas equipes de astrônomos estão tentando resolver um mistério de 33 anos.
Recentemente, observações do radiotelescópio ALMA forneceram as primeiras indicações da estrela de nêutrons desaparecida após a explosão, escreve portal Phys.org.
Imagens de alta resolução revelam uma "bolha quente" no núcleo empoeirado da SN 1987A que é mais brilhante que a nuvem circundante e corresponde à possível localização da estrela de nêutrons.
"Ficamos muito surpresos ao ver esta bolha quente formada por uma espessa nuvem de poeira nos destroços da supernova", afirmou o dr. Mikako Matsuura, astrônomo da Universidade de Cardiff.
"Tem de haver algo na nuvem que aqueceu a poeira e que a faz brilhar. É por isso que sugerimos que há uma estrela de nêutrons escondida dentro da nuvem de poeira", explicou.
De acordo com modelos computacionais da supernova, SN 1987A arremessou a estrela de nêutrons do local de nascimento a uma velocidade de centenas de quilômetros por segundo.