Em um comunicado à agência estatal de notícias SANA, o Ministério das Relações Exteriores sírio condenou um acordo assinado entre uma empresa petrolífera americana não identificada e as Forças Democráticas da Síria (FDS) lideradas pelos curdos, chamando a extração de petróleo de "roubo" e o movimento rebelde de "fantoche barato nas mãos da ocupação americana".
A chancelaria síria acrescentou que consideraria o acordo "nulo e sem efeito".
Damasco tem acusado há muito tempo Washington de saquear as reservas de petróleo sírias. Quando o presidente Donald Trump retirou as tropas americanas da Síria, em outubro passado, não houve uma retirada total.
Enquanto as tropas americanas que permaneceram nas proximidades dos campos de petróleo supostamente impediram o ouro preto de cair em mãos terroristas, as sanções contra o governo sírio significam que a Casa Branca também não entregou o petróleo a Damasco.
Há rumores de que os EUA vendem o combustível em silêncio para compradores estrangeiros, com o presidente sírio Bashar Assad acusando o governo americano de o canalizar para a Turquia, assim como os terroristas do Daesh e Frente al-Nusra (organizações terroristas proibidas na Rússia e demais países) fizeram anteriormente.
Em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado na quinta-feira (30), a senadora americana Lindsey Graham disse ter sido assinado um acordo para "modernizar os campos de petróleo no nordeste da Síria".
Antes de entrar em guerra civil, a Síria produzia 387 mil barris de petróleo por dia, dos quais 140 mil eram exportados para Alemanha e Itália, entre outros. A apreensão de suas reservas de petróleo, juntamente com as sanções norte-americanas sobre suas indústrias de energia e exportação, atingiu fortemente a economia síria.