Moscou continua desenvolvendo um programa abrangente que visa modernizar e expandir suas armas nucleares para teatros de baixa intensidade e táticas. O que é mais preocupante, de acordo com as autoridades americanas, é que a estratégia russa considera o uso dessas capacidades nucleares em um conflito.
Por sua vez, Washington retirou em 2010 seu último míssil de cruzeiro nuclear lançado do mar, que era uma das duas restantes armas nucleares táticas (não estratégicas) dos EUA.
O documento Revisão de Postura Nuclear 2018, que determina qual deve ser o papel das armas nucleares na estratégia de segurança dos EUA, solicita a reorientação das forças nucleares do país para colmatar esta lacuna na linha de escalada e reforçar a dissuasão contra o uso de armas nucleares de baixa potência, ressalta o Departamento de Defesa dos EUA.
Um míssil de cruzeiro com ogiva nuclear lançado a partir do mar responderia à evolução alarmante das forças e da doutrina dos concorrentes nucleares, diz o documento, acrescentando que tanto Rússia como a China estão investindo quantias significativas de dinheiro para aperfeiçoar e expandir suas forças nucleares sem indicações claras sobre onde essa expansão vai parar.
Com essa capacidade os EUA fariam qualquer adversário pensar duas vezes em relação ao uso de armas nucleares, dizem as autoridades norte-americanas.