"China está em uma trajetória para ser um rival estratégico para nós até o final da década", disse almirante Charles Richard.
"Pela primeira vez, os EUA vão enfrentar dois concorrentes com capacidades nucleares do mesmo nível [...] que devem ser dissuadidos de maneiras diferentes", disse ele, referindo-se à China e à Rússia. "Nunca antes enfrentamos essa situação", acrescentou.
A Estratégia de Defesa Nacional de 2018 considerou Pequim e Moscou dois concorrentes de grande poder, avança portal National Defense.
A dissuasão estratégica dos EUA será posta à prova nos próximos anos de maneiras nunca antes vistas, sublinhou Richard durante um evento virtual organizado pelo Instituto Mitchell de Estudos Aeroespaciais.
"Precisamos estar prontos para responder a isso", comentou. "A ameaça é significativa."
Segundo observou o almirante, Pequim está reforçando seu arsenal nuclear investindo em sistemas de lançamento aéreo, sendo isso uma mudança na abordagem em comparação com épocas anteriores.
"Pela primeira vez, eles estão prestes a terminar a construção de uma verdadeira tríade adicionando capacidade estratégica à sua componente aérea", concluiu Charles Richard.
Anteriormente, a mídia norte-americana escreveu que o bombardeiro supersônico furtivo da China Xian H-20 duplicaria o alcance de ataque chinês e poderia estar pronto para ser apresentado em novembro deste ano no show aéreo de Zhuhai.
A aeronave furtiva vai conceder à China aquilo que só os EUA e a Rússia têm – uma tríade nuclear, ou seja, uma estrutura de força militar de três componentes com capacidade para lançar ataques nucleares a partir do ar, da terra e do mar.