O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.
Entre os detidos estão Alexandre Baldy, secretário de Transportes do estado de São Paulo, e de um pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto. A prisão dos dois é temporária, com prazo de cinco dias, mas com possibilidade de prorrogação.
Ex-deputado e ministro de Temer
As acusações contra Baldy se referem ao período em que ele era deputado federal por Goiás e ministro das Cidades do governo Temer. Segundo a investigação, ele usou a influência dos dois cargos para intermediar contratos, sobre os quais ganharia um percentual.
Doria disse ainda que "não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos", e que tem confiança de que "Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça".
As acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de SP. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Tenho confiança de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça.
— João Doria (@jdoriajr) August 6, 2020
As prisões são parte da Operação Dardanários, que apura desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Bretas participou de atos ao lado de Bolsonaro
O juiz que determinou as prisões, Marcelo Bretas, responsável pela operações da Lava Jato no Rio de Janeiro, é apontado como muito próximo do presidente Jair Bolsonaro, adversário de Doria.
A participação do magistrado em atos políticos ao lado do presidente é alvo de processo disciplinar por parte do TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), aberta a pedido do corregedor nacional do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Humberto Martins.