Os satélites do instituto, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, indicam alertas de desmatamento em uma área de 9.205 km² de floresta. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, esse número tinha ficado em 6.844 km².
O levantamento anual foi possível após o INPE divulgar nesta sexta-feira (7) os dados de destruição em julho de 2020. Em relação a esse mês, houve queda de aproximadamente 30% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados mais de 2.000 km² desmatados, recorde da série histórica do instituto.
Os dados entre agosto de 2019 e julho de 2020 mostram o primeiro recorte anual de um período sob gestão exclusiva do presidente Jair Bolsonaro, pois os outros números ainda pegavam períodos do governo Temer.
Por falta de compromisso ambiental, assinar acordo com Brasil é algo 'nocivo', diz especialista https://t.co/us14T1rHHr pic.twitter.com/vSGTGFww9I
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 23, 2020
O levantamento é feito a partir de registros diários do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora a região por meio de imagem de satélites. O sistema não indica o consolidado de perda florestal, mas áreas com marcas de devastação que precisam ser fiscalizadas pelo Ibama.
A taxa oficial anual de desmatamento na Amazônia, por sua vez, é calculada a partir de dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), também do INPE. O relatório é divulgado na metade do segundo semestre de cada ano.
Mourão comemora queda em julho
O vice-presidente Hamilton Mourão, chefe do Conselho da Amazônia, disse, segundo o portal G1, que a queda dos alertas de desmatamento em julho demonstra uma "reversão de tendência".
"Ainda é começo, a gente tem que prosseguir até chegar nas metas que nós temos que é colocar o desmatamento dentro do mínimo aceitável", disse Mourão.