Mais de 3,5 milhões de profissionais na linha de frente do combate à COVID-19 entraram em greve de dois dias na Índia, a partir desta sexta-feira (7), em busca de melhores salários e equipamentos de proteção adequados.
"Pelo menos 100 profissionais de saúde morreram de COVID-19 no país até agora, mas nenhum seguro lhes foi dado pelo governo", disse a secretária do Centro de Sindicatos, A. R. Sindhu, citada pela Reuters.
Ativistas de Saúde Social Credenciados atuam em locais economicamente desfavorecidos, com acesso limitado ou indireto a instituições de saúde. Um total de dez sindicatos, representando os profissionais, que também incluem motoristas de ambulância e cozinheiros em centros comunitários, se juntaram à greve.
As infecções têm se espalhando cada vez mais em pequenas cidades e áreas rurais do país asiático de 1,3 bilhão de pessoas. A Índia é o terceiro país a ultrapassar a marca de dois milhões de casos de COVID-19, atrás somente dos Estados Unidos e do Brasil.
A Índia tem registrado uma média de aproximadamente 50 mil novos casos por dia desde meados de junho. A taxa de testes no país, de 16,03 a cada milhão de pessoas, é uma das mais baixas no mundo.