As forças de segurança tentaram, sem sucesso, retirar do local os manifestantes. Alguns presentes no protesto arremessaram pedras contra a polícia, que, por sua vez, lançou gás lacrimogêneo na multidão e chegou a abrir fogo contra os manifestantes.
Um grupo de manifestantes invadiu o prédio da chancelaria libanesa e depois foi retirado pelas Forças Armadas. Mais tarde, a associação de bancos do Líbano e o Ministério da Energia foram ocupados.
Mortos por explosão chegam a 158
Os manifestantes pedem a renúncia do governo libanês e reformas no país. A insatisfação cresceu após a explosão no porto de Beirute da última terça-feira (4), que, segundo as autoridades, foi causada por toneladas de nitrato de amônio armazenadas impropriamente no local. Segundo o último boletim o Ministério da Saúde do Líbano, a tragédia deixou pelo menos 158 mortos e cerca de 6.000 feridos.
Além disso, dezenas de casas e automóveis foram danificados. Aproximadamente 300.000 pessoas ficaram desalojadas.
A multidão reunida na principal praça de Beirute neste sábado (8) acusa o governo de negligência e culpa as autoridades pelo ocorrido. Com uso de cordas, os manifestantes enforcaram simbolicamente os governantes libaneses e cantaram palavras de ordem contra as autoridades libanesas.
O protesto de hoje é o maior desde a explosão no porto. Os manifestantes planejavam realizar um funeral simbólico das vítimas fatais. Próximo ao Parlamento, algumas pessoas tentaram pular barreiras e entrar no local. Mais tarde, um caminhão que fazia parte de uma barricada foi incendiado.
O Exército emitiu um comunicado pedindo para que os manifestantes mantenham a calma e não bloqueiem ruas ou ataquem propriedade privada. A polícia, por sua vez, pediu para as pessoas protestarem de "maneira civilizada".