"A explosão que abalou o porto ocorreu por causa da corrupção", afirmou ele em pronunciamento à nação.
Além disso, o premiê disse que convocaria eleições antecipadas para diminuir a crise política surgida após a tragédia.
"Nós não podemos sair dessa crise sem eleições parlamentares antecipadas", afirmou Diab.
Milhares de manifestantes se reuniram neste sábado (8) em frente ao prédio do Parlamento, em Beirute, para protestar contra o governo e pedir sua renúncia.
Protesto termina em confronto
Os presentes culpam as autoridades pela explosão no porto, causada por toneladas de nitrato de amônio armazenadas de forma imprópria. Houve confronto entre a polícia e manifestantes no ato, que terminou com mais de 170 feridos e 55 pessoas hospitalizadas, segundo a Cruz Vermelha.
Segundo informações da agência Reuters, um policial foi morto durante os confrontos.
Alguns manifestantes tentaram romper barricadas colocadas em frente ao Parlamento e arremessaram pedras contra a polícia, que por sua vez lançou gás lacrimogêneo contra a multidão. Segundo relatos, as forças de segurança chegaram a abrir fogo contra os presentes.
Um grupo de manifestantes invadiu o prédio da chancelaria libanesa e depois foi retirado pelas Forças Armadas. Mais tarde, a associação de bancos do Líbano e o Ministério da Energia foram ocupados.
Mortos em explosão sobem para 158
Segundo o último boletim o Ministério da Saúde do Líbano, a explosão no porto deixou pelo menos 158 mortos e cerca de 6.000 feridos. Além disso, dezenas de casas e automóveis foram danificados. Aproximadamente 300.000 pessoas ficaram desalojadas.
A tragédia se deu em um contexto de forte crise econômica no Líbano. Em outubro do ano passado, ocorreram grandes protestos contra o então governo e a corrupção.
As manifestações provocaram a queda do primeiro-ministro Saad Hariri. Em dezembro, o presidente libanês designou Diab como novo chefe de governo.