Após dias de violentos protestos seguidos pela forte explosão na zona portuária de Beirute, o ministro da Saúde libanês, Hamad Hassan, declarou que "todo o governo renunciou", notícia que acabou confirmada por Diab horas depois.
Desta forma, segundo reportou a Bloomberg, o primeiro-ministro vai formalmente informar o presidente Michel Aoun e entregar a renúncia em nome de todos os ministros.
Anteriormente, a ministra da Justiça, Marie Claude Najm, o ministro da Informação, Manal Abdel Samad, e o ministro do Meio Ambiente, Damianos Kattar, já haviam renunciado aos seus postos.
A renúncia do governo vem logo após fortes protestos que, somada a forte explosão na zona portuária de Beirute, aumentaram ainda mais a insatisfação da população libanesa com o governo.
Muitos consideram a explosão resultado de corrupção e má gestão da elite política no país.
Ainda no sábado (8), Diab convocou novas eleições parlamentares, dizendo que o país não poderia escapar da corrente "crise estrutural" sem um voto, publicou a Al-Jazeera.
Novas eleições vão requerer aprovação do parlamento. Sob um sistema confessionalista, o primeiro-ministro (sunita) é formalmente apontado pelo presidente (um cristão maronita).
É válido ressaltar que a crise econômica e a desvalorização da moeda local, a libra libanesa, já vinham incentivando fortes protestos no país há alguns meses.