Desentendimentos entre as nações constituintes do Reino Unido - Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e Inglaterra - sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus prejudicaram as relações já bastante tensas pelo Brexit.
Isso é particularmente verdadeiro na Escócia, que votou contra deixar a União Europeia (UE) e onde as pesquisas de opinião mostram que o apoio à independência supera por pouco o apoio à união de 300 anos com a Inglaterra.
"A união do Reino Unido é, para mim, a maior associação política que o mundo já viu", declarou Johnson à televisão, após ser questionado sobre o que a união significava para ele.
"Seria uma pena perder o poder, a magia dessa união", prosseguiu.
Um total de 55% dos escoceses votou contra a independência em um referendo em 2014, enquanto o resto votou a favor e o Partido Nacional Escocês, que governa a nação semi-autônoma, quer outra votação. Embora os eleitores escoceses tenham apoiado a permanência na UE, o Reino Unido como um todo votou pela saída do bloco.
O Partido Conservador de Johnson, que governa todo o Reino Unido e decide as políticas em áreas que não foram transferidas para a Escócia, é um forte apoiador da união e resiste a outro referendo.
No entanto, Johnson e outros ministros de alto escalão visitaram a Escócia nas últimas semanas, falando longamente sobre a força e os benefícios do relacionamento.