Pelo menos dois deles já foram condenados e sentenciados à prisão, informou um porta-voz do Judiciário, Gholamhossein Esmaili, segundo publicado pela agência Reuters. Os iranianos seriam espiões de Israel, Reino Unido e Alemanha.
Um dos detidos, condenado a 10 anos de prisão, identificado como Shahram Shirkhani, foi apontado pela Justiça como um agente britânico que tentou recrutar funcionários do governo iraniano para o serviço de espionagem britânico M16. Ele teria fornecido informações confidenciais sobre contratos bancários e do Ministério da Defesa.
Já Masoud Mosaheb, co-presidente da Sociedade de Amizade Austríaco-Iraniana, foi condenado a 10 anos de prisão por compartilhar informação sobre "projetos nucleares e de mísseis" com o Mossad (serviço secreto israelense) e com serviços de inteligência da Alemanha.
Segundo a mídia austríaca, ele está detido no Irã desde janeiro de 2019. O governo da Áustria diz que os esforços para libertá-lo continuam no mais alto nível, já que Mosaheb possui tanto nacionalidade austríaca como iraniana. O Irã, no entanto, não reconhece dupla nacionalidade.
O porta-voz do Judiciário não deu informações sobre os outros três iranianos presos, apenas mencionou que eles trabalhavam em órgãos do Estado.
Suspeitas de sabotagem
Em um informe separado, o Ministério de Inteligência informou que "vários espiões relacionados a serviços de inteligência estrangeiros foram identificados e presos". Não há confirmação de que se tratam dos cinco iranianos citados pelo porta-voz do Judiciário.
"Eles procuraram espionar centros sensíveis e vitais nas áreas econômica, nuclear, infraestrutura, militar e política para a CIA, o Mossad e alguns países europeus”, disse o comunicado.
Nos últimos meses, explosões em instalações militares e nucleares no Irã levantaram suspeitas de sabotagem no país.