Ao todo, a Rússia já fechou acordo da produção da vacina Sputnik V com pelo menos cinco países, o que capacitará a fabricação de 500 milhões de doses em um ano.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde da Rússia registrou nesta terça-feira (11) a primeira vacina no mundo de profilaxia contra a doença.
A vacina, chamada Sputnik V, foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em conjunto com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).
A produção da vacina se dará tanto no Centro Gamaleya quanto na fábrica Binnofarm.
"Nós investimos quatro bilhões de rublos [cerca de R$ 300 milhões] na produção da vacina na Rússia", declarou à Sputnik Kirill Dmitriev, diretor-geral do RFPI.
Ainda segundo Dmitriev, a terceira fase de testes clínicos da vacina russa também será realizada no exterior.
"Nós já alcançamos acordo para a condução dos testes correspondentes da vacina do Centro Gamaleya com parceiros dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita e de outros países", acrescentou.
Contudo, segundo Dmitriev, no atual momento, os países da América Latina, Oriente Médio e Ásia são os que mais apresentam interesse na vacina, sendo que com tais países já foram fechados diversos contratos da venda da Sputnik V.
"Em particular, no Brasil a produção da vacina nas capacidades atuais pode ser lançada já em novembro. Obviamente que será necessária autorização prévia do [órgão] regulador", afirmou Dmitriev.
Somados, mais de 20 países já fizeram pedidos para a produção de um bilhão de doses.
Produção em Cuba
Ainda na América Latina, Cuba deverá se tornar o primeiro país a iniciar a produção da Sputnik V já em novembro.
"Nós estamos discutindo o início da produção da vacina com algumas empresas cubanas. Acreditamos que Cuba pode se tornar um dos centros-chave da produção da vacina", acrescentou o diretor-geral do fundo russo.