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Após 'debandada', Bolsonaro garante que privatizações e responsabilidade fiscal norteiam governo

© Antônio Cruz/Agência BrasilPrivatização de mais 4 aeroportos
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O presidente Jair Bolsonaro garantiu nesta quarta-feira (12) que a responsabilidade fiscal e o cumprimento da emenda constitucional, que impõe um teto para os gastos públicos, são o "norte" do governo, um dia após duas baixas importantes no Ministério da Economia.
"O Estado está inchado e deve se livrar de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada", escreveu o presidente nas redes sociais, reiterando seu compromisso com a agenda de privatizações.

"Em um orçamento cada vez mais curto é normal que os ministros busquem recursos para obras essenciais. Porém, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de despesas", acrescentou.

Sua mensagem na rede social Facebook chegou depois que, na noite de terça-feira (11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que houve uma "debandada" de funcionários da sua pasta, devido às dificuldades para avançar nas privatizações e à intenção de outros ministros para aumentar os investimentos públicos.

Os secretários especiais de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar, da Burocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, e o diretor do programa de burocratização, José Ziebarth, escolheram deixar o Ministério da Economia.

Bolsonaro destacou nesta quarta-feira (12), sem mencionar nenhum caso específico, que é "normal" alguém querer deixar o governo por algo "que melhor satisfaça suas justas ambições pessoais".

© Folhapress / Pedro LadeiraMinistro da Economia, Paulo Guedes, fala durante solenidade no Palácio do Planalto
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Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala durante solenidade no Palácio do Planalto

A emenda constitucional que estabelece limite máximo para o aumento dos gastos públicos foi promulgada em 2016 e tem validade de 20 anos. Ela estabelece que as despesas da União, incluindo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, não podem crescer acima da inflação do ano anterior.

Setores políticos do governo e do Congresso Nacional defendem a modificação do arcabouço legal, argumentando que o aumento dos gastos é necessário para reativar a economia. O vice-presidente Hamilton Mourão alertou que a situação fiscal do Brasil está "péssima" e reforçou que o teto de gastos é a "âncora fiscal" do país sul-americano.

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