Spahn se recusou a declarar um mês específico em que uma vacina estaria pronta, enfatizando que os cientistas e o público devem trabalhar juntos para criar uma vacina "mais rápido do que nunca na história da humanidade".
"Estou otimista de que nos próximos meses, e certamente no próximo ano, poderá haver uma vacina", afirmou ele ao canal de TV ZDF.
A mensagem de Spahn veio depois que o Instituto Robert Koch (RKI) registrou 1.226 novos casos de COVID-19 no país na quarta-feira (12), o maior aumento diário desde o início de maio. Spahn chamou esse número de "muito preocupante", pedindo aos alemães que permaneçam vigilantes.
O próprio RKI aumentou a ansiedade do público em relação às expectativas de cura para o novo coronavírus, quando na quarta-feira (12) publicou um artigo em seu site dizendo que "uma ou várias vacinas parecem possíveis até o outono de 2020". O instituto mais tarde alegou que era uma versão desatualizada do jornal publicado por engano e o removeu.
Existem mais de 200 vacinas atualmente em desenvolvimento em todo o mundo, e várias delas entraram em ensaios clínicos de fase três cruciais. No início desta semana, o presidente russo Vladimir Putin revelou que Moscou se tornou a primeira nação a registrar uma vacina. O medicamento, apelidado de Sputnik V, no entanto, ainda não concluiu sua fase três de testes e não foi revisado por pares.
Spahn declarou estar "muito cético" sobre as notícias da Sputnik V, alertando que "pode ser perigoso começar a vacinar milhões, senão bilhões, de pessoas cedo demais".
Apesar de algum ceticismo, Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos, revelou a repórteres na terça-feira (11) que Moscou havia recebido "pedidos preliminares" de 20 países para comprar um bilhão de doses da vacina.