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De volta ao lar? Bolsonaro admite dificuldade para criar Aliança e revela chance de reatar com PSL

© Folhapress / Pedro LadeiraPresidente Jair Bolsonaro acena para o público durante evento de lançamento do partido Aliança pelo Brasil, no hotel Royal Tulip, em Brasília (DF)
Presidente Jair Bolsonaro acena para o público durante evento de lançamento do partido Aliança pelo Brasil, no hotel Royal Tulip, em Brasília (DF) - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (13) que a criação de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, é "difícil", e revelou possibilidade de ir para outras legendas, entre elas o PSL. 

Bolsonaro se filiou ao PSL em 2018 para disputar as eleições. Após uma briga com o presidente nacional da sigla, o deputado Luciano Bivar, ele e um grupo de políticos saíram da sigla. Sua intenção era criar o Aliança pelo Brasil a tempo de disputar as eleições municipais deste ano, mas o partido ainda não conseguiu reunir assinaturas suficientes para registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

"Eu recebi outros convites. Três partidos me convidaram para conversar. Um foi o [PTB, de] Roberto Jefferson. Tem mais dois partidos também. Já conversei com os presidentes desses dois outros partidos. Tem uma quarta hipótese, aí né, o PSL também, alguns sinalizaram. É sinalização apenas de uma reconciliação. A gente bota as condições na mesa de reconciliar, eles botam de lá para cá também", disse em live transmitida por suas redes sociais. 

'Tenho que olhar outros partidos'

Sobre a criação da Aliança pelo Brasil, Bolsonaro comentou sobre a dificuldade de registrar um novo partido. 

"É difícil formar um partido, não é impossível, mas é difícil. Uma burocracia enorme. A pandemia atrasou. Passa na ponta da linha pelo TSE e a gente sabe como é o comportamento de alguns ministros no tocante a novos partidos. Então eu não posso investir 100% no Aliança, o que pese o esforço de muita gente pelo Brasil. Eu tenho que olhar outros partidos", declarou.

Sobre um possível retorno ao PSL, disse que não existia um "partido nota dez" e que o importante era ser uma legenda "nota oito, nota nove". Além disso, Bolsonaro afirmou que existem parlamentares da sigla que conversam com ele, mas com outros o diálogo seria "impossível".

"Vou conversar com o pessoal do PSL, que apesar de eu ter saído, tem ali uns 43, 44 parlamentares que conversam comigo. Tem uns oito ali que não dá para conversar tendo em vista o nível para onde conduziu a política, entrando na questão pessoal, atacam pessoalmente", disse. 

Bolsonaro também afirmou que, caso retorne ao seu antigo partido, ele teria que justificar aos seus apoiadores o "por que da volta". 

Deputados do PSL ironizam declaração

Logo após a transmissão da live do presidente, parlamentares do PSL comentaram sobre as declarações de Bolsonaro. O deputado federal Junior Bozella disse, por meio do Twitter, que o partido não aceitaria o presidente de volta. 

​A deputada Joice Hasselman, ex-líder do governo no Congresso, por sua vez, afirmou que o PSL não havia pedido a volta de Bolsonaro, que, segundo ela, "enviou emissários" para conversar com a legenda devido às dificuldades com o Aliança. 

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