O grupo de ataque do porta-aviões USS Ronald Reagan realizou exercícios no mar do Sul da China na sexta-feira (14), incluindo exercícios de voo e treinamento de defesa antiaérea, anunciou em comunicado a Marinha dos EUA.
"O treinamento integrado incluiu operações ar-ar, exercícios de busca e resgate de combate e exercícios de defesa antiaérea para aumentar a capacidade da força conjunta para responder a contingências regionais e manter a prontidão de combate", disse a Marinha.
Honoring Commitment to Regional Allies and Partners ⚓ #USSRonaldReagan Carrier Strike Group entered the #SouthChinaSea, August 14th, to conduct maritime air defense operations in support of a #FreeAndOpenIndoPacific.
— U.S. Navy (@USNavy) August 15, 2020
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Honrando o Compromisso com os Aliados e Parceiros Regionais, o Grupo de Ataque do Porta-Aviões USS Ronald Reagan entrou no mar do Sul da China, [em] 14 de agosto, para conduzir operações de defesa antiaérea marítima em apoio a um Indo-Pacífico Livre e Aberto.
A Marinha também observou que, além das operações envolvendo o USS Ronald Reagan, suas aeronaves e navios de apoio, os exercícios também incluíram a integração com um bombardeiro estratégico B-1B Lancer da Força Aérea dos EUA voando desde Guam, no Pacífico, para "treinamento de Guerra Conjunta no Mar" de maneira a aumentar "as capacidades de prontidão conjuntas".
Contexto da ação
Os exercícios da Marinha dos EUA foram realizados em meio a tensões entre os EUA e a China sobre uma ampla gama de questões, desde a disputa no mar do Sul da China até o comércio, o coronavírus, uma discussão diplomática envolvendo o fechamento de consulados em Houston, EUA, e Chengdu, China, o aumento da influência de companhias chinesas como Huawei e TikTok, bem como a venda de armas a Taiwan por Washington.
Na semana passada, Xu Guangyu, um general aposentado do Exército de Libertação Popular da China (ELP) e conselheiro da Associação de Controle de Armas e Desarmamento da China, disse ao Global Times que se Washington continuasse a expandir seus laços com a "autoridade secessionista" de Taiwan, "o ELP poderia tomar mais contramedidas".
Tais medidas incluiriam exercícios de mísseis com fogo real a leste da ilha de Taiwan e perto de Guam, que Pequim poderia ter capacidade de atingir com o míssil balístico de alcance intermediário Dongfeng-26 desde a China continental.
História recente da região
A China reivindica cerca de 90% do mar do Sul da China, com Vietnã, Malásia, Brunei, Filipinas e Taiwan fazendo também suas reivindicações. A disputa territorial gira em torno de recursos estratégicos como navegação, pesca e recursos energéticos, e remonta ao período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial.
A China e o grupo de países da ASEAN começaram a negociar um "código de conduta" para a região em 2002, mas pouco progresso foi feito desde o início dos anos 2010 em meio às missões de "liberdade de navegação" dos EUA em toda a área, considerada de "interesse nacional americano" pela então secretária de Estado, Hillary Clinton.